Os frequentadores habituais deste site sabem (e eu não escondo) o quanto sou fã de Atividade Paranormal. Mas, nem por isso, pensem que estou sendo tendencioso ao afirmar que este aqui é o mais assustador de todos. Talvez a direção mais ágil da dupla Henry Joost e Ariel Schulman (do documentário sensação Catfish) seja a responsável, talvez o humor acrescentado ao roteiro (uma vez que o filme perdeu sua aura de “história real”) ou quem sabe por ter crianças como protagonistas, o fato é que Atividade Paranormal 3 é muito melhor que seus antecessores.
A trama, escrita por Christopher B. Landon (Atividade Paranormal 2), que já havia regressado no tempo em seu segundo capítulo, dá mais um salto temporal, desta vez a 1988, para acompanhar as atormentadas irmãs Katie (Chloe Csengery) e Kristi (Jessica Tyler Brown) ainda crianças, quando juntas mudam-se com os pais para uma nova casa. Não demora muito para que eventos sobrenaturais comecem a acontecer e o padrasto das crianças (Christopher Nicholas Smith), um cinegrafista profissional, decide espalhar câmeras pelo lugar para registrar o poltergeist.
Apesar de flertar com uma fórmula desgastada, Paranormal Activity 3 consegue criar um bom clima de suspense e prender a atenção, graças principalmente ao seu formato de “filmagem caseira”, que (ainda) faz o espectador ter a sensação de estar testemunhando fatos verídicos. Agora que o público já sabe que um demônio está à espreita, qualquer sombra escondida em um canto da tela pode ser sinal para saltos involuntários da cadeira.
As artimanhas da dupla Joost-Schulman para criar tensão e medo são tão bem elaboradas, que alguns descuidos técnicos e resoluções absurdas por parte do roteiro, são facilmente perdoadas. As talentosas protagonistas mirins também merecem crédito, sobretudo a pequena Jessica, que atua com naturalidade até mesmo nas cenas mais angustiantes.
Atividade Paranormal 3 teve uma estreia impressionante nos EUA (52 milhões de dólares, recorde para um filme de terror em todos os tempos), então, mais sustos estão garantidos para 2012. Mas é bom que a próxima continuação seja ambientada nos dias atuais – o paradeiro de Katie (Katie Featherston), que desapareceu no final do primeiro filme seria um bom gancho -, porque se a franquia continuar retornando no tempo, por mais criativos que sejam os diretores encarregados, será dificil engolir uma assombração vista através das ultrassonografias da mãe das garotas!
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